Estagiários traçam ações para frear abusos da Secretaria Municipal de Educação de Muriaé.

Destaque EDUCAÇÃO

Os representantes dos estagiários de Muriaé, Michele Valente e Nathan Valentim publicaram no mês de outubro, uma petição sob o título: ‘Reajuste para um salário mínimo da bolsa estágio na rede municipal de educação ‘. Onde, conseguiram cerca de 127 assinaturas em tempo recorde, das mais variadas camadas sociais. Nesta segunda – feira (08), os estagiários despacharam uma espécie de CARTA ABERTA para as autoridades públicas, solicitando abertura de uma audiência ou reunião de caráter emergencial.

 

 

A Carta diz: ‘enviamos esses documentos para Vossas Excelências, solicitando que agende urgentemente uma audiência pública na Câmara Municipal de Muriaé. Para que os estagiários possam prestar suas justificáveis queixas quanto aos abusos cometidos contra a categoria. ‘No documento ainda consta que, os estagiários estão acompanhando de 3 a 4 crianças especiais, assumindo funções de professores regentes e muitos outros descasos. Como também a baixa remuneração de R$ 603,12 ‘não conseguindo nem mesmo sequer, quitar suas mensalidades acadêmicas.’ declara, Nathan Valentim em um dos postes na página que o movimento criou no Instagram. Em resposta a Carta Aberta, os atuais vereadores declararam apoio em suas redes sociais: ‘’ Manifesto aqui, a minha solidariedade a todos os estagiários e estagiárias. Entendo que o pleito é legítimo e ainda hoje, irei protocolar uma indicação requerendo providências ao Chefe do Executivo. Contem comigo nessa batalha! ‘’ – Delegado e vereador, Rangel. Nas mesma linha, o vereador Valdinei Lacerda postou em suas redes sociais a carta aberta produzida pelos estagiários. Demonstrando por si só apoio ao movimento. Após todos esses atos, na manhã desta terça-feira (09), foi divulgado nas escolas municipais que os estagiários, serão remanejados de escolas e funções. Afim de suprir o déficit no quadro de pessoal para auxiliar nas escolas. Os estagiários ficaram perplexos com a notícia, pois todos eles se apegaram as crianças especiais. Como também, acostumaram com o ambiente escolar. _ Nas palavras dos representantes dos estagiários: ‘’ isso é uma falta de ética e bom senso, a Secretaria de Educação não consultou os estagiários, muito menos para uma simples conversa. Nem tudo pode-se resolver na autoridade da caneta! Os estagiários estão sendo desrespeitados Gestão após outra, nenhum membro do alto escalão está interessado em nos ajudar, senão destroçar com a classe. Esbanjam educação inclusiva, mas não se importam quando os alunos especiais se apegam aos estagiários. E estes, tem que ir embora. Simplesmente para livrar a gestão da Secretaria da crise da falta de outros profissionais. Os estagiários são humanos, cada um na sua simplicidade exerce um trabalho ímpar. Gerir a classe com punho de ferro soa estranho numa democracia que prioriza o diálogo. ‘’ disse, Nathan Valentim. Portanto, é notável a insegurança dos estagiários em continuar exercendo seus respectivos cargos em plena crise da pandemia, não bastando pela falta de empatia do Poder Executivo em distanciar esses profissionais de seus alunos com necessidade especiais. Para de modo oportuno, deixar seus postos de trabalhos (conquistado mediante processo seletivo), para cobrir a falta de pessoal em outros setores. Logo, restará para os estagiários a seguinte pergunta:

O Poder Executivo, atropelará o Edital n°2, de 18 de junho de 2021, como também o Termo de Responsabilidade que nada declara acerca da troca de funções, cargos e locais de atuação dos estagiários? Essa reportagem, aguarda posicionamento da Secretaria Municipal de Educação para quaisquer declarações.

Fonte: Natan Daniel Valentim / Michele Valente (Representante dos estagiários).