Crime chocou a pequena comunidade de Comendador Venâncio; investigação agora foca em possível envolvimento de adolescente do Mato Grosso
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Foi transferido na manhã desta sexta-feira (27) para uma unidade de internação socioeducativa (Cense), em São Fidélis, no Norte Fluminense, o adolescente de 14 anos que confessou ter assassinado os pais e o irmão mais novo, de apenas 7 anos, na localidade de Comendador Venâncio, distrito de Itaperuna (RJ).
De acordo com a Polícia Civil, o jovem demonstrou frieza ao prestar depoimento e, segundo os investigadores, declarou que seu único arrependimento era “não ter inventado uma história melhor” para tentar despistar a polícia. A declaração reforça a perplexidade das autoridades diante da brutalidade do crime e da aparente ausência de remorso por parte do adolescente.
As vítimas — pai, mãe e o irmão caçula — foram veladas nesta quinta-feira (26), na antiga estação de trem de Comendador Venâncio. O local ficou lotado por amigos, familiares e moradores da comunidade, profundamente abalada com a tragédia. A comoção foi tamanha que algumas pessoas passaram mal durante a cerimônia e precisaram de atendimento médico.
A investigação segue em andamento e agora se volta para esclarecer o possível envolvimento de uma adolescente do estado do Mato Grosso, apontada como namorada do autor do crime. Ela foi ouvida pela Polícia Civil por mais de duas horas e confirmou ter conversado com o adolescente antes e depois do assassinato. A Delegacia de Homicídios do Rio aguarda o envio de documentos da Polícia Civil de Água Boa (MT), cidade onde reside a jovem, para aprofundar as investigações sobre a natureza da relação entre os dois e verificar se houve qualquer instigação ou cumplicidade.
O caso é tratado com sigilo, já que envolve menores de idade, mas os investigadores não descartam novas diligências e depoimentos nos próximos dias.
A tragédia em Comendador Venâncio continua gerando grande comoção e levanta questões sobre saúde mental, uso de redes sociais por adolescentes e os limites da responsabilidade penal juvenil no Brasil.






















