Policial civil de Muriaé é preso por suspeita de corrupção e abuso de autoridade

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MURIAÉ (MG) — Um policial civil de Muriaé foi preso nesta segunda-feira (22) suspeito de exigir propina para liberar bens apreendidos em inquéritos policiais, além de agir de forma ilícita para interferir em investigações em curso. A prisão foi efetuada na cidade de Mercês, durante uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelas promotorias de Justiça de Muriaé.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), as investigações indicam que o agente também possui um histórico de uso excessivo de violência, com grave ameaça e abuso de autoridade para intimidar vítimas e obstruir o trabalho policial.

A operação teve como objetivo combater crimes de corrupção passiva, concussão e embaraço à investigação, todos relacionados à atuação do policial no contexto de uma organização criminosa.

Mandados cumpridos e materiais apreendidos

Durante a ação, foram cumpridos 11 mandados judiciais nas cidades de Muriaé e Mercês, incluindo mandados de busca e apreensão em três imóveis e em uma unidade policial. Foram apreendidos dispositivos eletrônicos, munições, documentos e outros materiais que serão analisados no curso da investigação.

Entenda os crimes investigados:
  • 🔎 Corrupção passiva: ocorre quando um funcionário público solicita ou recebe vantagem indevida, ou aceita a promessa de tal vantagem, em razão do cargo que ocupa.

  • 🔎 Concussão: é o ato de exigir vantagem indevida, usando da autoridade do cargo público para coagir terceiros.

  • 🔎 Embaraço à investigação: refere-se a dificultar ou atrapalhar investigações, especialmente aquelas que envolvem organizações criminosas.

De acordo com o MPMG, as investigações seguem em andamento com o objetivo de apurar a possível participação de outros envolvidos no esquema criminoso, incluindo pessoas que teriam sido cooptadas para facilitar ou dar continuidade às práticas ilícitas.

Em nota oficial, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) afirmou que não tolera desvios de conduta entre seus agentes e que colabora integralmente com as investigações. A prisão do policial foi realizada pela Corregedoria-Geral da PCMG, e o agente foi encaminhado para a Casa do Policial, em Belo Horizonte.

O nome do policial não foi divulgado pelas autoridades.