COLUNA SAÚDE MENTAL COM DR. MATEUS SOUZA DA SILVA: TEMA DESTA SEMANA – SAÚDE MENTAL E PSICOLOGIA DO TRABALHO

Destaque SAÚDE

 

 

Um dos objetivos mais recentes da saúde mental não se restringe apenas à cura das doenças ou a sua prevenção, mas envidar esforços para a implementação de recursos que tenham como resultado melhores condições de saúde para a população no trabalho.
A psicopatologia tradicional está alicerçada no modelo clássico da fisiopatologia integral das pessoas e da comunidade. Dedica-se ao diagnóstico das doenças mentais, relacionando com a somatização entre mente e corpo.
No que tange ao sofrimento mental relacionado ao trabalho, existem três grupos ou dimensões de sintomas: ansiedade, tristeza/desânimo e somatizações (sintomas físicos). Os três são queixas comuns dos pacientes e, muito frequentemente, as queixas costumam surgir mistas, associadas. Costumam ser relatadas como tristeza, anedonia, neurastenia, irritabilidade, ansiedade, medo, muitas vezes associadas à inapetência, distúrbio do sono, fadiga, palpitações, dentre outros sintomas físicos.
As condições laborais, bem como as relações diretas entre os trabalhadores, influenciam diretamente a qualidade de vida. Essa, portanto, torna-se, nessa perspectiva, estratégica para a sobrevivência e desenvolvimento futuros das organizações.
Assim, prazer e sofrimento originam-se de uma dinâmica interna das situações e da organização do trabalho. São decorrências das atitudes e dos comportamentos franqueados pelo desenho organizacional, cuja tela de fundo constitui-se de relações subjetivas e de poder.
O trabalho não pode ser uma negatividade da vida, mas, muito pelo contrário, sua expressão, coisa que o capitalismo, em suas mais variadas versões apresentadas no decorrer da história, não permitiu que ocorresse. Eis a Esfinge que cabe ao homem contemporâneo decifrar, para não ser definitivamente devorado por ela.

Cuide-se!
Mateus Souza da Silva-
Psicólogo CRP MG 42541